A CercleS, Confederação Europeia de Associações de Centros de Línguas no Ensino Superior, tem o prazer de a/o convidar a participar na XVII Conferência Internacional da CercleS 2022, sob o tema O Futuro do Ensino das Línguas Num Mundo Cada Vez Mais Digital: Abraçar a Mudança, que terá lugar entre 15 e 17 de setembro de 2022.
O evento será organizado pela ReCLes.pt, a Associação de Centros de Línguas do Ensino Superior em Portugal, no ISCAP – Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, Portugal.
Em 2020, encontrámo-nos numa encruzilhada, que refletiu os tempos dinâmicos e desafiadores em que vivíamos. Hoje, existe a necessidade de abraçar a mudança que todos encontramos e de a adaptar no sentido de atender às necessidades de docentes, estudantes e de todas as partes interessadas. Já não se trata de explorar novos rumos, mas sim de construir novos caminhos sustentáveis para a aprendizagem de línguas, integrando a tecnologia nos nossos ambientes e experiências de ensino-aprendizagem.
Num momento em que a literatura reconhece que a integração eficaz de novas tecnologias melhora a capacidade de aprendizagem de línguas por partes dos estudantes, uma vez que permite a criação de inúmeras alternativas, o caminho a seguir é claro. No entanto, para docentes e decisores, enfrentar a perturbação que isso causou e as mudanças exigidas levanta ainda muitas questões.
À medida que a tecnologia continua a crescer em importância e ao incentivar o estudante a assumir o centro do processo de ensino-aprendizagem, os papéis dos docentes mudam inevitavelmente. Como podem os docentes estar preparados para assumir o seu novo papel de facilitadores do processo de ensino-aprendizagem? Como devem os professores aceitar a incerteza que isso acarreta?
Por outro lado, estarão os estudantes prontos para assumir o palco? Estarão eles completamente cientes da responsabilidade que assumiram – maior autonomia e autorregulação?
Por último, estarão as Instituições de Ensino Superior (IES) e os Centros de Línguas preparados para a mudança profunda que a integração plena das tecnologias digitais de si exige e o que isso implica?
Abraçar os recursos tecnológicos não garante o sucesso do processo de ensino-aprendizagem. No entanto, as possibilidades e oportunidades que os mesmos oferecem levam-nos a tempos sem precedentes e situações para as quais todas/os precisamos de estar preparadas/os.
Esta conferência, através da sua diversidade de tópicos, permitirá aos docentes, investigadores e decisores das IES discutir um vasto espectro de contextos culturais e linguísticos desafiantes.
Ao longo de 3 dias, esperamos poder partilhar boas práticas de ensino-aprendizagem no sentido de inspirar e identificar áreas de oportunidade e melhoria. Queremos contribuir para o diálogo sobre os futuros possíveis do ensino das línguas, ao mesmo tempo que reconhecemos de forma clara o impacto do mundo digital.
Datas Importantes:
Submissão de Propostas: 31 março 2022
Notificação de Aceitação: 30 abril 2022
Registo: 15 abril 2022
Registo Early bird: 15 maio 2022
Registo regular: até 31 agosto 2022
Datas da Conferência: 15-17 setembro 2022
Os tópicos de discussão incluem (ainda que não estejam única e exclusivamente limitados a estes):
1. Plurilinguismo e línguas minoritárias
Diversidade de ‘Englishes’: World Englishes, global English, …
Plurilinguismo e lingua franca
Línguas em contacto: interferência, code switching, code mixing…
Academia, ciência e local de trabalho
Ensino de línguas de minorias
Mediação
Aquisição linguística e ambientes multilinguísticos digitais
2. Tradução e gestão de terminologia
Tradução: tradutores externos e internos, recrutamento geral e ad hoc, garantia da qualidade
Gestão de terminologia no ensino superior: estratégias de recolha, harmonização, construção de bases de dados
As IES como clientes o Clientes externos – estratégia empresarial
Ambientes de tradução e promoção da aprendizagem linguística (ex. legendagem, interpretação, transcrição, …)
Ambientes tecnológicos para a tradução e gestão de terminologia
3. Estudantes e ambientes de aprendizagem: interações, papéis, estratégias e atitudes
Ajudar os estudantes a assumir responsabilidade pela sua aprendizagem, promover a autorreflexão e metacognição
Aprendizagem autónoma e autonomia dos estudantes, implementação da autonomia no ensino e currículo tradicionais, organização da sua própria aprendizagem e autorregulação
Motivação e fluxo no processo de aprendizagem
O papel das emoções na aprendizagem linguística
Aprendentes ao longo da vida
Aspetos sociais da aprendizagem: comunidades de aprendizagem, ambientes, interdependência, importância da cooperação, dinâmicas em sala de aula
Ética e etiqueta
Igualdade e inclusão nos ambientes digitais
Estudantes como cocriadores de conteúdo
Autonomia colaborativa
4. Práticas, estratégias e ferramentas para os ambientes digitais
Aprendizagem integrada de conteúdos e língua estrangeira (AICLE/CLIL) no ensino superior e ensino profissional
EMI – Inglês como meio de instrução
COIL – Aprendizagem internacional colaborativa online
Intercâmbio virtual, mobilidade virtual
Storytelling
Laboratórios virtuais
5. Línguas para fins específicos e metodologias de ensino
Maximização da eficácia do ensino-aprendizagem
Encorajar o uso ativo do conhecimento
Análise de necessidades e estratégias de ensino: motivação, empenho dos docentes, perspetivas críticas, abordagens baseadas em corpus, abordagens interdisciplinares...
Modos flexíveis de ensino
Linguagem académica vs. linguagem específica
6. Gestão e liderança nos centros de línguas
Competências de gestão e desenvolvimento profissional
Dinâmicas e dependências internas nos centros de línguas
Competências dos gestores de centros de línguas para 2022+
“Híbrido” + liderança o Variedade e eficácia das ferramentas TIC e outras soluções tecnológicas na gestão
7. Política(s) linguísticas
Estatuto das línguas nacionais
Políticas linguísticas no ensino superior (local, nacional, internacional) – criação, conteúdo e implementação
Desenvolvimento de identidades plurilinguísticas de estudantes e docentes para o futuro
Diversidade linguística
8. Testagem e avaliação
Digitalização e tecnologias digitais
Avaliação no contexto académico
Avaliação em contextos multilinguísticos, ética e justiça
Avaliação orientada para a aprendizagem, incluindo avaliação informal
Relações entre testagem e avaliação
Fiabilidade, qualidade e validação da avaliação num mundo digital
O que avaliamos: proficiência linguística, aprendizagem, resultados, competências, capacidades, desempenho…
Avaliação e políticas
Certificação e reconhecimento
9. Formação e atualização de docentes
Ampliar e desenvolver as competências-base dos docentes de línguas e culturas
Competências dos docentes de centros de línguas para 2022+
TIC e multimédia como parte da literacia dos estudantes
Bem-estar dos docentes o Docentes, académicos, investigadores
Bolsas e investigação nos centros de línguas (investigação-ação, investigação em sala de aula, prática exploratória, …)
Mudanças nas competências-base dos docentes de línguas (formação profissional, competências-base, competências transversais, novas competências)
10. Internacionalização e competência intercultural
Língua e competências (cidadania, interpessoal, intercultural, etc.)
Consciência e competência interculturais
Estratégias para a comunicação intercultural
Tecnologias para a comunicação intercultural
Culturas de contacto
Colaboração ou interação além-fronteiras
Internacionalização “em casa”
Em setembro de 2022, convidamo-la/o também a participar na comemoração do 30.º aniversário da CercleS, a qual inclui atualmente cerca de 400 membros de IES, em atividades que abarcam o intercâmbio e formação de docentes e outros recursos humanos dos centros de línguas, grupos de investigação em ensino-aprendizagem de línguas, observatórios de desenvolvimento tecnológico e publicações académicas. Fundada em Estrasburgo, em 1991, a CercleS completou três décadas da sua existência durante a pandemia. Deste modo, a Conferência da CercleS de 2022 oferece-se como a primeira oportunidade para podermos celebrar em conjunto, presencialmente, tendo como pano de fundo o Rio Douro, no Porto, em Portugal.
Línguas da Conferência: Inglês, Francês, Alemão, Espanhol e Português
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